Inverti em Science Equity: Como apostei na ciência profunda, do laboratório ao mercado
Inverti em Science Equity. Durante muito tempo, ciência para mim era algo distante. Uma coisa de universidade, de pesquisadores de jaleco branco, de artigos difíceis de entender.
Mas isso mudou quando descobri que a chamada “deep science” — a ciência profunda, baseada em pesquisas acadêmicas avançadas — estava começando a se conectar com o mercado de forma concreta, principalmente através de startups tecnológicas.
Glossário do conteúdo do artigo:
- Como descobri o mundo das startups científicas
- O que me atraiu nesse tipo de investimento
- Onde encontrei oportunidades reais de investimento
- Os riscos e desafios de investir em deep science
- O que aprendi com essa experiência
- Vale a pena investir em science equity?
- Conclusão final
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Foi aí que me interessei pelo que hoje chamam de Science Equity.
Como descobri o mundo das startups científicas
Tudo começou com uma matéria que li sobre uma empresa de fotônica criada dentro de uma universidade europeia. Eles tinham desenvolvido um chip óptico com potencial para revolucionar as telecomunicações.
O mais interessante? Tinham acabado de fechar uma rodada de investimento com um fundo especializado em ciência profunda. Na hora, pensei: “Será que eu também poderia investir em algo assim?”
Comecei a pesquisar e encontrei um universo fascinante. Startups de nanotecnologia, biotecnologia industrial, novos materiais, computação quântica, todas nascidas de pesquisas feitas em centros acadêmicos, mas com ambição de mudar o mundo — e, claro, gerar retorno financeiro.
O que me atraiu nesse tipo de investimento
A principal razão foi o potencial transformador. Diferente de outros tipos de startup que replicam modelos já validados (como marketplaces ou apps), as startups de base científica criam soluções verdadeiramente novas.
Elas atacam problemas globais com abordagens inovadoras — medicamentos inéditos, materiais biodegradáveis, sensores inteligentes, energia limpa.
Além disso, senti que estava investindo em algo com propósito. Não era só sobre ganhar dinheiro, mas também sobre apoiar pesquisas que poderiam melhorar a vida de muita gente.
Gráfico: Áreas de atuação das startups científicas que analisei
- Biotecnologia: 30%
- Nanotecnologia: 25%
- Fotônica: 15%
- Energia limpa: 20%
- Novos materiais: 10%
Onde encontrei oportunidades reais de investimento
Investir em ciência não é tão simples quanto comprar ações na bolsa. Muitas dessas startups estão em fase bem inicial, buscando capital semente ou pré-seed. Algumas das formas que encontrei para acessar esse ecossistema foram:
- Plataformas de investimento coletivo como a EqSeed e CapTable, que às vezes listam startups científicas.
- Acesso a fundos especializados em deep tech, como o Fundo Primatec no Brasil.
- Participação em eventos e programas como o Pipe-Fapesp, onde conheci várias iniciativas incríveis.
Depois de avaliar com cuidado, entrei em duas startups: uma de bioengenharia alimentar e outra de materiais supercondutores para uso industrial. Ambas nascidas em universidades públicas brasileiras, com incubação em centros de inovação.
Tabela: Critérios que usei para escolher as startups
Critério | Peso na decisão |
---|---|
Qualidade da pesquisa base | 35% |
Experiência dos fundadores | 25% |
Aplicação comercial clara | 20% |
Roadmap de desenvolvimento | 10% |
Apoio institucional (fomento) | 10% |
Os riscos e desafios de investir em deep science
Não vou romantizar. Investir nesse setor tem seus desafios — e não são poucos:
- Longo prazo: essas tecnologias demoram anos para virar produto.
- Risco tecnológico: nem toda pesquisa vira solução viável.
- Falta de liquidez: é difícil vender sua participação antes de uma rodada grande ou da venda da startup.
- Regulamentação: muitas inovações precisam de aprovação de órgãos como Anvisa ou FDA, o que leva tempo.
Mas, por outro lado, o potencial de retorno é grande. Um único acerto pode compensar vários erros.
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Gráfico: Comparação de risco e retorno esperado entre science equity e startups tradicionais
- Startups tech comuns: risco médio, retorno moderado
- Startups deep science: risco alto, retorno potencial muito alto
O que aprendi com essa experiência
A primeira coisa foi: tenha paciência e visão de longo prazo. Essas startups não vão te dar retorno em 6 meses, talvez nem em 2 anos. Mas se derem certo, o impacto pode ser enorme — inclusive financeiro.
Também aprendi que é essencial entender minimamente a ciência por trás. Não dá pra confiar só no pitch bonito. Hoje, antes de investir, peço para conversar com os pesquisadores ou ler resumos técnicos mais acessíveis.
E o principal: você precisa aceitar que está apostando em inovação de verdade. Vai haver incerteza. Vai haver mudança de plano. Mas também pode haver uma recompensa incrível.
Vale a pena investir em science equity?
Se você está disposto a correr mais risco, tem perfil paciente e gosta de estar na fronteira da inovação, eu diria que sim. Mas não vá com tudo. Comece pequeno, observe, aprenda, e se possível, conecte-se com o ecossistema científico.
Pra mim, além da possível rentabilidade, o que ficou foi a sensação de estar contribuindo com algo que importa. Não sou cientista, mas com meu capital, ajudei a tirar ideias geniais do laboratório e colocá-las no mundo real.
E isso, por si só, já vale muito.
Gráfico: Horizontes de retorno estimado (anos)
- Startups tradicionais (B2C): 3–5 anos
- Startups deep science (B2B): 6–10 anos
Conclusão final
Investir em science equity foi, para mim, uma forma de sair da zona de conforto como investidor e entrar em um universo onde ciência e mercado se encontram com força.
Descobri que há um mundo inteiro de inovação sendo criado dentro de universidades, muitas vezes por talentos que só precisam de capital e orientação para transformar suas pesquisas em produtos reais.
Apostar em startups de base científica não é sobre retorno rápido. É sobre impacto, visão e confiança no progresso. Foi desafiador, claro. Exige estudo, seleção cuidadosa e uma dose de ousadia. Mas também foi recompensador, tanto do ponto de vista financeiro quanto pessoal.
Hoje, me sinto parte dessa transformação. E mais do que isso: sei que, mesmo com pouco, posso contribuir para que ideias incríveis saiam do papel, avancem no laboratório e cheguem até o mercado — para mudar o mundo e também, quem sabe, minha própria história como investidor.
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