Como investir em tempos de incerteza
A incerteza e a certeza são duas condições frequentes no negócio de investimentos. Apenas um gera paralisia e o outro euforia.
Nesses cenários, o investidor deve saber quais estratégias implementar em tempos de altos e baixos. Mas, acima de tudo, em tempos de crise.
Glossário do conteúdo do artigo:
- Chaves para investir
- O que fazer antes de uma crise?
- Como investir em plena crise?
- O que fazer após a crise?
- Notas Finais
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O especialista em finanças da European Association for Financial Advisory and Planning, José Maté; recomenda aos investidores que prestem atenção aos dados macroeconômicos e microeconômicos do mercado, para tentarem tomar medidas e não se exporem em demasia, quando houver suspeita de crise.
Também sugere refugiar-se em ativos de empresas consideradas mais solventes. Tudo isso com o objetivo de se antecipar a uma crise e evitar que os investidores fujam com medo do que possa acontecer com o seu capital.
Contrariando essa recomendação, Borja Ribera, que trabalha na Business School, afirma que as crises são muito difíceis de identificar, ainda mais quando o mercado mostra estabilidade, certeza e euforia. Como exemplo, ele cita a crise de 2008.
Porém, se houver suspeita de crise, é melhor apostar que os valores das ações ou de outros instrumentos financeiros cairão. Assumir uma posição de baixa parece a coisa mais sensata a fazer.
Outras ações que podem ser tomadas antes de uma crise é se refugiar em commodities como petróleo, ouro e não investir todo o dinheiro.
Por fim, Javier Hombría, professor do Instituto de Estudos do Mercado de Ações, argumenta que crises não são esperadas, principalmente se o mercado estiver estável.
O que sempre será necessário é ter uma faixa de renda muito positiva e confortável para investir.
Chaves para investir
Uma das características que pesa na hora de investir é o que o investidor prefere como risco, bem como a escolha de outro fator determinante para o investimento, sejam ações, índices ou outros.
Esta seria a primeira peneira a considerar; é assim que Pérez José o revela; especialista em finanças e professor coordenador da área de formação do Instituto Bolsas y Mercados Españoles.
Para Federico Servetto, o importante em um investimento é a análise dos dados, das próprias necessidades e dos prazos de investimento, neste sentido recomenda:
1- Ter uma ampla carteira de investimentos
A composição dos investimentos deve ser diversificada para superar os ciclos que afetam ações e fundos; e outros devem estar concentrados em renda fixa ou outros que ficam à margem.
Tudo isso para evitar a dependência e tentar compensar.
2- Economizar
A poupança, por meio de contribuições periódicas, acaba sendo um mecanismo bastante exitoso para investir de forma sistemática, pois tem a vantagem de que, se você fizer contribuições por 12 meses, acabará comprando com uma média dessas.
Além disso, se você estabelecer uma margem de economia e fizer isso com disciplina, isso se tornará um aval que, no final das contas, compensa positivamente pelo cumprimento de suas metas de investimento. Por fim, você aproveitará os juros compostos.
3- Manter posições
Embora não seja fácil, e menos em tempos de grande movimentação e volatilidade, deve-se evitar entrar e sair dos processos de investimento.
Nestes casos, buscar bons conselhos é fundamental e ter paciência na posição assumida.
O que fazer antes de uma crise?
Embora os especialistas já tenham apontado algumas sugestões, devido às incertezas em outras crises, o colapso do PIB global era previsível, por conta da pandemia de covid-19 no final de março.
Nesse caso, muitos investidores se refugiaram em ativos não correlacionados, como preferem chamá-los, e descobriram que isso mitigava o impacto negativo do covid-19.
A depreciação nesta fase foi muito violenta, registrando perdas de até 50% do valor; no entanto, o preço do ouro, como um ativo porto-seguro, aumentou. Para esses balanços, os especialistas recomendam, além disso, a experiência histórica o apóia.
Como investir em plena crise?
Nesta fase, recomenda-se prudência e aconselhamento para investir o dinheiro; visto que o aumento dos depósitos feitos por empresas públicas e privadas, bem como pelas famílias, tem tido um bom desempenho.
O interesse dos investidores voltou-se para o “Investimento Socialmente Responsável”, embora tivesse relatado presságios antes da pandemia; Com o desenvolvimento desta, foi fortalecido e muitos investidores encontraram uma oportunidade de negócio com este tipo de investimento.
Por outro lado, existem aqueles que aproveitam a volatilidade e compram neste cenário incerto, esperando colher rentabilidade no futuro imediato.
Por fim, há aqueles que investiram nos piores momentos da pandemia e registram perdas inevitáveis, que só a paciência e a sagacidade serão capazes de superar.
O que fazer após a crise?
Especialistas em finanças recomendam olhar para investimentos de longo prazo.
Da mesma forma, eles sugerem analisar os dados para empresas que, infelizmente, atingiram níveis de desvalorização, mas com grande capacidade de retorno a níveis de avaliação lucrativos.
Essas empresas devem ser levadas a investir; Uma oportunidade de investimento está em empresas de turismo.
Notas Finais
O mercado de investimentos sempre nos dará certezas e incertezas, muito mais se uma crise se aproxima e conseguimos detectá-la.
Mas, se for inevitável, como a pandemia do coronavírus e, além disso, com sinais claros de uma nova onda e ressurgimento, devemos buscar conselhos e relembrar a experiência que aprendemos em crises anteriores.
Rever a carteira de investimentos é o primeiro passo que deve ser dado, pois garante equilibrar as perdas ou desvalorizações dos produtos financeiros em um determinado momento. Portanto, se houver algum ajuste a ser feito, é hora de começar.
Os especialistas recomendam evitar a solidão ao analisar o comportamento do mercado; pois deve haver o acompanhamento, principalmente para o investidor particular, para que ele não tenha pressa em investir, motivado por suas emoções.
Por fim, ter uma boa assessoria é fundamental para impedir a busca de altos e baixos do mercado, economizando despesas operacionais e a consequente tributação, nos piores momentos.
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